Eu sou uma entusiasta da cozinha.
Fico encantada com essa alquimia, cada dia um pouco mais.
Amo comer comida dos outros, amo ver outros cozinharem, porque cada um tem sua forma, seus gestos e seu sabor.
Esse último ano senti uma incrível evolução na minha cozinha.
Acho que porque amadureci, e também porque passei a arriscar mais.
Me entupo de todos os tipos de informações, seja em livros, programas de TV, dicas de amigas, receitas das avós ou da minha mãe, papos com profissionais, e aí vai.
Sendo assim, sinto que estou criando cada vez mais a minha assinatura culinária.
E eu amo mesmo é comida caseira, bem feita, bonita, clássica ou moderna e CHEIA DE SABOR.
Existe uma enorme diferença entre uma sopa que os legumes são todos jogados na água de uma vez, com sal e pronto, e uma sopa feita aos poucos, refogando e respeitando o tempo de cada ingrediente.
O mesmo vai pro frango, sem graça grelhado na hora, e o frango que fica marinando de um dia pro outro.
Eu acredito que o sucesso de um prato se deve à quantas CAMADAS DE SABOR é possível criar nele.
Parece papo de doido, mas não é. As comidas mais simples são as mais difíceis de fazer. Comida de vó é tão boa, porque geralmente tem um bando de camadas de sabor. Entre sal, temperos, ervas frescas e gordura. Sim. GORDURA.
Quem cozinha sabe. Impossível viver sem manteiga e azeite. Me desculpem os fitness neuróticos, mas sabor é fundamental.
O meu sabor se baseia basicamente em ervas frescas. Temperos frescos. Caldos frescos.
Tenho horror ao Glutamato Monossódico, tão presente nos temperos industrializados.
Há um tempo atrás peguei como dica de uma amiga chef, uma pastinha cheia de sabor.
E desde então essa nunca mais saiu da minha geladeira. Toda semana volto da feira e preparo meu estoque, fresquinho, fresquinho.
Você pode usar basicamente qualquer ingrediente de sua preferência para criar sua pastinha.
A minha escolha da semana foram estes.
Cenoura, cebola, cheiro-verde, alho-poró, alho, pimenta dedo-de-moça e salsão.
Estes são tão básicos, que servem para TUDO.
Vc pode refogar com o arroz, temperar um peixe, frango ou carne.
Pode ser a base para um molho de tomate, ou uma bolognesa.
Vale tudo.
Mas na hora de usar lembre-se: Está tudo cru, ou seja, essa pasta precisa passar por alguma cocção.
Não dá pra temperar salada, a não ser que você (assim como eu) ame cebola e alho crus.
Coloquei todos os ingredientes no processador. Vale bater com mixer ou liquidificador.
Depois de tudo batido, eu tempero com sal e pimenta-do-reino (gosto de colocar pouco sal e pimenta, para deixar mais neutro e poder retemperar de acordo com o prato que estiver usando na hora) e adiciono azeite.
Além de deixar mais saboroso, o azeite vai ajudar a conservar a sua pasta.
Bate mais um poquinho...
E está pronta a base de todos os meus pratos.
Essa é a primeira das minhas várias camadas de sabor. Gosto de sempre refogar ela até ficar beeem douradinha. Sucesso.
Para os ousados e carnívoros, pode-se colocar bacon ou aquelas linguicinhas defumadas também. Já fiz e fica insano.
Difícil dizer quanto tempo dura. Duas semanas com certeza absoluta.
Eu já deixei um pote pronto e durou quase um mês. Mas não quero ter ninguém preso no banheiro por minha culpa, então depois de 15 dias, se ainda sobrar, dá uma cheirada antes de usar.
O nariz é certeiro. Se o cheiro estiver bom vai com tudo.
E, por favor. Nunca mais comprem temperos industrializados.
A saúde e o paladar agradecem!
;)
Adoreeeeiii! =)))
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